Um texto em um blog que fala sobre inovação na educação começando dessa forma não é muito usual, não é mesmo?
Tenho acompanhado alguns autores que discutem inovação na educação no mundo e acabei me deparando com artigos escritos por mais de um deles abordando essa temática e fiz um levantamento do que eles apontam para compartilhar por aqui. Alguns pontos levantados pelos autores (vejam todos os links lá no final) fizeram com que eu pensasse em algumas coisas… Vamos lá:
“O líder de uma das empresas de alta tecnologia mais inovadoras do mundo e o líder de um dos conglomerados mais chatos da história concordam que uma questão sobre o que não vai mudar é mais importante do que uma questão sobre o que vai mudar.” Nesse ponto, os autores discorrem sobre os riscos de investir em algo que nem se sabe o que é, relacionado à inovação, e investir em algo que já se sabe o que é. Minha reflexão nesse ponto, voltada à educação é a seguinte: acredito que a relação entre pessoas não vai mudar na educação. Que precisaremos focar nessa relação cada vez mais se queremos resultados melhores. Não em produtos, mas em pessoas. Assim, se o novo nós não conhecemos, mas, o que temos e que não vai mudar em uma instituição de ensino são pessoas responsáveis por essa mudança, por que não focar nelas nossos investimentos? Precisaremos de recursos, sem dúvida, mas, se eles forem demandados por pessoas que sabem o que fazer com eles, os resultados serão muito mais qualificados do que o contrário. Vou exemplificar: por que, ao invés de criar um espaço maker maravilhosamente equipado em sua instituição as instituições não criam a necessidade de sua existência, a demanda de um local para mais “mão na massa”, porque estudantes e educadores já estão explorando todos os espaços da escola e, então, está na hora de ampliar o investimento nesse sentido.
“Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender e reaprender”, como na citação de Alvin Toffler, fico pensando que as tecnologias digitais e as metodologias ativas realmente não são a bala de prata, mas precisam ser incorporadas nesse movimento de aprender, desaprender, reaprender. Bons educadores existem, estão presentes nas instituições de ensino, talvez eles sejam a mudança que não vai acontecer na educação, no sentido de que vão continuar existindo e estabelecendo relações entre pessoas, entre pessoas e conteúdos, idealizando experiências de aprendizagem que façam sentido. E isso não vai mudar na educação. Torço para que não mude!
http://ajjuliani.com/focusing-on-what-is-going-to-stay-the-same-in-education/
https://fs.blog/2018/11/staying-the-same/
Gostei do texto. E acredito que temos que focar mais na relações interpessoais