Menos é mais!
Uma preocupação, nesse período de transposição das aulas presenciais para o período online, é a tentativa de migrar, de forma literal, tudo o que é feito presencialmente para o espaço digital. Nós, professores, superdimensionamos as habilidades dos estudantes, ou contabilizamos de forma equivocada o tempo. Quando percebemos, criamos uma verdadeira “maratona” para que os alunos realizem várias tarefas em curto espaço de tempo. Nessa correria que as escolas vivem (que é compreensível!!), não há troca entre pares, entre professores que lecionam no mesmo ano. Às vezes, a troca é entre professores da mesma área. Como consequência, cada aluno recebe muita tarefa e pode utilizar o dobro ou o triplo do tempo que usaria se estivesse em aula. Considero que nosso papel, como professores, nesse momento, é manter o engajamento, que é favorecido pelo “olho no olho”, do presencial para os momentos online. Assim, vamos pensar, talvez menos represente muito mais…
Em casa, a distração é maior, e exagerar nos vídeos, textos, atividades, postagens, esquemas, fotos pode ser uma estratégia que, logo, vai deixar os estudantes muito cansados e vamos perder o mais importante desse momento, que é a percepção de que também é possível aprender a distância.
Que tal investir em algumas tarefas que eles possam fazer em grupos, trocando ideias com os pares, produzindo propostas colaborativas? Por exemplo:
- Criar um mural virtual no Padlet com o levantamento de pesquisas realizadas, ou da troca de informações para resolver um problema matemático. Veja que não é preciso ter uma lista de problemas a serem resolvidos, mas um ou dois bem feitos, que possibilitem a troca e a discussão entre os estudantes, pode ser mais eficiente para gerar a aprendizagem do que uma lista interminável deles.
- Produzir um vídeo no Flipgrid sobre um conteúdo da área de humanas que foi estudado e, depois, pedir que cada aluno dê um feedback para o vídeo de pelo menos mais dois colegas, indicando sugestões de melhorar ou aprofundar esse vídeo. Além da colaboração, exercitamos a criatividade e a comunicação.
- Criar uma WebQuest (sim, é antigo mesmo, mas podemos retomar essa ideia….) e sugerir uma tarefa ou desafio que envolva os alunos em um projeto, com uma curadoria de sites que possam ajudá-los nesse processo. Veja aqui um repositório de webquests e uma que fiz para alunos de anos iniciais.
- Desenvolver um projeto, com etapas individuais e coletivas, em que vários conteúdos de um ou mais componentes curriculares possam ser articulados e, assim, fique mais desafiador esse período em casa.
Gravar videoaulas é interessante, mas é uma forma de transpor literalmente para o digital os momentos presenciais. É bem importante que as escolas criem esse repositório e tentem não deixar “datados” esses vídeos para que sejam futuramente utilizados em salas de aula invertida, em que o aluno estuda o vídeo em casa e usa o espaço de sala de aula para reflexão e produção.
Uma sugestão é ter alguns momentos de interação online, em que a aula é oferecida de forma síncrona e os alunos possam interagir, participando da aula.
São algumas sugestões e, de qualquer forma, estamos todos aprendendo a lidar com a situação em que vivemos. Com certeza, será um grande aprendizado para todos!!
Vamos conversar sobre isso?
Recursos e estratégias para a educação online
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Mais é menos sim!
Adorei a sugestão de como dar aulas online e promover a integração com os alunos mesmo a distância.
Obrigado !
Ana