O planejamento reverso ou, como no original (Wiggins & McTighe, 2005), Backward design, tem como uma premissa, assim como vemos na aprendizagem baseada em projetos, a ideia de começar pelo fim. Já ouviu falar sobre essa proposta?
Ao analisarmos o desafio de construir planejamentos que tenham como elemento norteador as habilidades, competências específicas e competências gerais da BNCC, a proposta de planejamento reverso torna-se um caminho viável, uma vez que não nos deixa desviar da rota.
De maneira geral, a proposta de planejamento reverso envolve as seguintes etapas:
Os conceitos fundamentais por trás desse esquema são:
- Identificar os resultados desejados, por meio da elaboração das Big ideas. Desenhar quais são as Big ideas, pra além de apenas transcrever as competências e habilidades da BNCC, por exemplo, é um desafio. O educador tem que ter como foco conceitos, princípios, teorias e processos centrais que devem servir como ponto focal dos currículos, do processo e da avaliação. As Big ideas fornecem uma base para a definição de prioridades curriculares.
- Determinar evidências aceitáveis significa pensar no acompanhamento do processo, por meio de avaliações reguladoras que farão parte do percurso metodológico que será desenhado para que se atinja a prioridade curricular, a Big idea. Esse desenho de evidências deve ser claro o suficiente para que todos os envolvidos tenham condições de saber o que se espera deles durante o processo. Avaliar por rubricas, tornar a aprendizagem visível, entre outras, são estratégias importantes a serem inseridas nesse desenho.
- Por fim, planejar as experiências de aprendizagem. Usualmente, começamos nosso planejamento de um determinado conteúdo presente em nosso livro didático ou nosso currículo, pensando em nosso “plano de aula”: o que faço primeiro, e depois, e depois. Pensamos em sequências didáticas. Planejar de acordo com a ideia do Backward Design leva essa etapa para o final e, dessa forma, eu garanto, ela se torna muito mais rápida, pois o educador tem clareza de onde pretende chegar, o que precisa oferecer como experiências as seus alunos e como verificar se o que pensou, no início, foi alcançado.
Considero de suma importância esse olhar para a produção de planejamentos que contemplem os currículos desenhados a partir da BNCC e estou certa que, ler sobre o tema é importante e, mais ainda, ter a oportunidade de aproximar-se desse conceito para avançar na compreensão de que boas aulas precisam ter questões como espaço, tempo, papéis e, principalmente, avaliação, claramente planejadas e estruturadas. E, em avaliações, não estou falando das tradicionais “provas”, não…. Mas, isso fica para uma próxima postagem.
Referência:
Wiggins, Grant, & McTighe, Jay (2005). Understanding by Design. Upper Saddle River, NJ: Pearson Education Inc.
vivenciando experiências
bom
Achei interessante o planejamento reverso.
Ter ideia do que se quer atingir, fazendo correção de rota quando precisar e trabalhando sequência didática com projeto é uma forma eficiente de proposta para o ensino aprendizagem.
Achei interessante o projeto reverso, o aluno tem a noção do que vai acontecer e se planeja para atingir tais habilidades;